Filho de NOÊMIA MONTEIRO
e RAUL VILLA-LOBOS,
o criador das Bachianas
e do Trenzinho
do Caipira foi desde cedo incentivado aos estudos, pois
sua mãe queria vê-lo médico. No entanto, o pai, funcionário da Biblioteca Nacional e músico amador,
deu-lhe instrução musical e adaptou uma viola
para que o pequeno HEITOR iniciasse
seus estudos de violoncelo.
Aos 12 anos, órfão de pai, o futuro maestro passou a tocar violoncelo
em teatros, cafés e bailes; paralelamente, interessou-se pela intensa
musicalidade dos "chorões",
representantes da melhor música popular do Rio de Janeiro,
e, neste contexto, desenvolveu-se também no violão.
De temperamento inquieto, empreendeu desde cedo escapadas pelo interior do Brasil,
primeiras etapas de um processo de absorção de todo o universo musical
brasileiro. Em 1913, casou-se com a pianista LUCILLA GUIMARÃES indo viver no Rio de Janeiro.
Em 1922,
participa da Semana da Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. No
ano seguinte, embarca para Europa, regressando ao Brasil em 1924. Viaja
novamente para a Europa em 1927, financiado pelo milionário carioca CARLOS GUINLE. Desta segunda viagem retorna em 1930,
quando realiza turnê por sessenta e seis cidades. Realiza também nesse ano a Cruzada
do Canto Orfeônico, no Rio de Janeiro. Seu casamento termina na
década de 1930.
Depois de operar-se de câncer em 1948, casa-se com ARMINDA NEVES, uma ex-aluna, que depois de sua
morte se encarrega da divulgação de uma obra monumental. O impacto
internacional dessa obra fez-se sentir especialmente na França e
EUA, como
se verifica pelo editorial que o The New York Times dedicou-lhe
no dia seguinte a sua morte. O artista nunca teve filhos. O maestro faleceu em 17 de novembro
de 1959.
Na década de 40, MARGARIDA foi aluna do Conservatório
Nacional de Canto, na capital carioca. Avaliada por VILLA-LOBOS, ganhou
nota 100 em todas as matérias que cursou. Muitos dos alunos de SCHIVASAPPA relatam
que ganharam como grande presente de vida a oportunidade de conhecer e passar a
executar as criações do grande ícone da Música
Brasileira.
Trabalho
inspirado na obra MARGARIDA SCHIVASAPPA
– A PRIMEIRA DAMA DO TEATRO PARAENSE, do pesquisador ANTÔNIO PANTOJA
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