Nomeada por GETÚLIO VARGAS
para gerir ações educacionais na
Amazônia, MARGARIDA dedicou-se
a travar contato imensamente próximo com educadores e alunos nortistas.
Tornou-se exemplo, parâmetro. Passadas décadas, muitos que tiveram contato com
a mestra – seja ao lado nas trincheiras do educar, seja sob a égide do aprender
– doam à memória depoimentos belos a respeito da professora (muitos desses
relatos poderão ser lidos no livro sobre SCHIVASAPPA a ser lançado pelo pesquisador ANTÔNIO PANTOJA lançará).
A força pedagógica de MARGARIDA é
o símbolo de um tempo, conforme atestam historiadores.
Antes de VILLA-LOBOS, o movimento do canto orfeônico no Brasil já
havia sido deflagrado no início do século por JOÃO GOMES JÚNIOR
com orfeões compostos de normalistas na
Escola Normal de São Paulo, futuro
Instituto Caetano de Campos. Foi
seguido por FABIANO
LOZANO, com as normalistas na cidade de Piracicaba,
e por JOÃO BATISTA JULIÃO,
que teve um papel expressivo no movimento
com a criação do Orfeão dos
Presidiários na Penitenciária Modelo de São Paulo.
A partir de 1921 a
posição do governo de São Paulo era francamente favorável ao ensino de música
nas escolas públicas. Na década de
30,
a iniciativa alastrou-se por todo o país
e o movimento pela implantação do canto orfeônico tomou grande impulso com a
adesão de VILLA-LOBOS. Ao
tomar conhecimento desta nova perspectiva, MARGARIDA soma-se a tendência educacional corrente.
Em 1931, o
compositor, recém-chegado ao Brasil
depois de alguns anos na
Europa, foi convidado
pelo interventor Federal JOÃO
ALBERTO LINS E BARROS
a organizar um orfeão cívico: o evento
reuniu mais de 11.000 vozes,
numa manifestação de impacto inédita no país e com grande participação popular.
Em 1932, VILLA-LOBOS assumiu a direção da Superintendência da Educação Musical e Artística (SEMA) das
Escolas Públicas do Rio de Janeiro, fundada pelo educador ANÍSIO TEIXEIRA. A
SEMA, baseada na reforma que instituiu o ensino obrigatório de Canto Orfeônico
no Município do Rio de Janeiro (Decreto 19.890 de 18 de abril de 1931), criou o
Curso de Orientação e Aperfeiçoamento do
Ensino de Música e Canto Orfeônico. As atividades eram
subdivididas em cursos de Declamação Rítmica e de Preparação ao ensino do Canto
Orfeônico, destinados aos professores das escolas primarias. Também foram
criados o Curso Especializado de Música e
Canto Orfeônico e de Prática de Canto
Orfeônico, destinados à formação de professores
especializados. Nossa Dama dos Acordes foi
uma das artistas da educação qualificada por tais métodos.
A Dama dos Acordes, profa. Margarida, atuou em Belém do Pará ou no estado do Amanonas?
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